sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quando a esposa precisa de toque, carinho, sem sexo…

O efeito surpreendente do toque.
Antes de pensarmos na necessidade do toque e afago, sem “sexo”, é importante compreendermos um pouco sobre o valor da nossa pele. Phyllis K. Davis, em seu livro “O poder do Toque”, escreveu:
“Pobres dos milhões de seres humanos que dariam tudo para ter o que um gato ou um cachorro de estimação recebem no que se refere ao amor e contatos físicos – ainda que por um dia. É irônico que, em nosso ambiente, os animais desfrutem mais daquilo do que nós, como seres humanos, tanto precisamos. Não que os animais não necessitem de contato físico. A diferença está no fato de que estes, ao contrário de nós, tocam muito mais nas suas crias e uns aos outros. Enquanto, por exemplo , os animais lambem e acariciam seus filhotes quando estes se machucam, os pais dizem simplesmente aos filhos: ‘Não chore, não foi nada’, fazendo-lhes um curativo em seguida.”
Sempre que falamos em tato, estamos falando de pele. Podemos comparar a pele que nos cobre com um envelope gigante. É um órgão que recebe impressões táteis, ou sensoriais, e reage a qualquer contato com sensações específicas. Os receptores da pele reagem ao calor, ao frio, ao toque, à coceira, a cócegas e a varios tipos de dores e vibrações. A pele é o maior órgão de nosso corpo; compreende de 15 a 20% de nosso peso corporal. O corpo humano médio apresenta 1,67 metro quadrado de pele pontilhada por aproximadamente 5 milhões de minúsculos terminais nervosos que atuam como transmissores de sensações.
A pele é o nosso órgão mais importante em seguida vem o cérebro. As áreas relativas ao tato no cérebro cobrem uma área surpreendentemente grande, tanto na região sensorial quanto na motora. Os lábios, a língua, o rosto, o polegar, os dedos e as mãos ocupam uma quantidade desproporcional de espaço cerebral, seguidos de perto pelos pés. Se você roçar a ponta dos dedos nos lábios, passar as mãos pelo nariz e rosto e lamber os lábios com a língua, você estimulará as áreas mais sensíveis de seu corpo. O sentido do tato prevalece muito em nossos dedos e mãos.
É através da nossa pele que nos envolvemos com freqüência com o mundo exterior. O interessante é que a pele constitui-se numa saída simbólica para os problemas emocionais íntimos, para as emoções reprimidas. Há mais de cem anos, acredita-se que a pele é uma voz para os problemas emocionais íntimos. Foram os médicos franceses Brocq e Jacquet que criaram, em 1891, o termo, “neurodermatite” para definir as inflamações de pele resultantes de perturbações emocionais.
O dermatologista Robert Gieshmer descobriu, após estudar 5 mil pacientes, que em muitos casos as emoções são, sem dúvida, a causa de vários tipos de distúrbios. Especificamente, 27% dos quistos e 36% dos resfriados e dos herpes-zosteres foram provocados por problemas emocionais latentes; psoríases, 62%; urticárias, 68%; eczemas, de 56% a 70%; coceiras, 86%; verrugas, 95%; coçaduras graves e subsequente rompimento da pele, 98% ; enquanto 100% das sudoreses tinham causa psicológica.
A pele, numa tentativa de socorrer os problemas psicológicos das pessoas, produz sintomas, a fim de chamar a atenção para esse grito interior de libertação.
É pelo sentido do tato que nossa pele recebe impressões sensoriais e reage a qualquer contato. A sensação do tato ocorre em conseqüência do mínimo contato, ativa os terminais nervosos apropriados, que retransmitem mensagens sensoriais ao longo da coluna vertebral para o cérebro. A experiência mais precoce, mais elementar e, provavelmente, mais dominante do bebê, ao nascer, é a tátil.
O senso de humanidade associa-se ao contato físico no instante de nosso nascimento e continua ao longo da vida.
“Contato físico, ou estimulação tátil, embora receba pouca atenção, comparada aos nossos outros sentidos e modos de expressão, ainda é a nossa forma de comunicação mais básica, e nós, subconscientemente, sabemos disso”.
O contato físico em si não é um acontecimento emocional, mas seus níveis sensoriais provocam alterações neurais, glandulares, musculares e mentais que chamamos de emoções. É importante entender este conceito porque na infância relacionamos emoções e significados, via contato físico. Se experimentamos afeto e envolvimento, por meio do contato físico, este passará a nos significar afeto e envolvimento. Representará também segurança. Sentimos, amamos e odiamos, tocamos e somos tocados por intermédio das células do tato em nossa pele.
“Quanto mais usamos nosso sentido do tato, mais ele se desenvolve. Até os ratinhos, quando tocados e acariciados, crescem, aprendem e vivem mais do que os companheiros desprezados”.
O toque e a expressão da sexualidade, sem o ato sexual.
Infelizmente, a maioria dos homens insiste em pensar no contato físico apenas como um gatilho sexual. Muitos casais vivem um relacionamento, mais parecido com um “arranjo”, onde apesar do apego entre a vagina e o pênis, os conjuges vivem como trilhos numa estrada de ferro: sempre juntos, mas nunca se tocando.
O psiquiatra Marc Holender defende o conceito de que algumas mulheres anseiam muito mais por serem abraçadas do que pelo ato sexual, podendo até trocar o sexo pelo aconchego e conseqüente sensação de segurança. O contato corporal, segundo Holender, “normalmente causa a sensação de ser amado, de estar protegido e confortado, e a necessidade ou odesejo por ele pode ser afetada pela depressão, pela ansiedade e pela raiva. Certamente, é freqüente ocorrer um período de atividade sexual frenética em momentos de necessidade emocional intensa”.
O simples contato entre peles pode ser tranquilizador. As mulheres talvez anseiem mais por tocar e estar com uma outra pessoa do que pelo alívio da tensão sexual. Para muitas delas, um simples abraço proporciona segurança, proteção, conforto e amor. Penso que muitos homens, além do seu problema de ego e de sua tendência a relacionar contato físico com sexo, simplesmente não sabem tocar. Não compreendem as técnicas do tocar e do aconchegar sua esposa. Acredito ser necessário que os homens aprendam o quanto é importante o tocar a mulher sem estar, necessariamente, pensando em praticar o ato sexual. Esse comportamento demonstraria maturidade.
O contato físico não deve ser um serviço, mas simuma troca de emoções íntimas entre duas pessoas que se amam e se valorizam.Trata-se de uma forma de comunicação, não um serviço, nem uma técnica. Só o contato físico pode eliminar a distância entre duas pessoas, neutralizar a solidão da vida dentro da nossa própria pele e estabelecer um vínculo entre duas mentes, dois corações e dois corpos.
No início do século 19, mais da metade das crianças morriam durante o primeiro ano de vida devido ao marasmo, doença cujo nome deriva da palavra grega que significa “definhar”. Há menos de 50 anos, nos Estados Unidos, a mortalidade entre crianças menores de 1 ano abrigadas em orfanatos era de quase 100%. Naquela época, o método corrente para a criação de filhos baseava-se nos conselhos publicados pelo Dr. Holt em 1894, no livro Os Cuidados com as Crianças e Sua Alimentação. Eis algumas das recomendações do médico: eliminar o berço, não pegar o bebê quando chorar, alimentar apenas nas horas certas e evitar “estragá-lo”, manuseando-o apenas quando necessário, para higiene e alimentação.
Quase todo mundo já ouviu falar do método TLC, abreviatura de Tender Loving Care, literalmente “amor, carinho e ternura”. A revolucionária idéia do TLC chegou ao Estados Unidos por intermédio de Fritz Talbot, um médico de Boston que, antes da primeira guerra mundial, estudou os procedimentos utilizados numa clínica infantil na Alemanha. Na clínica havia uma mulher velha, gorda e desajeitada, chamada Anna, que parecia não fazer nada além de carregar bebês para cima e para baixo. O fato é que com isso ela literalmente salvava a vida de muitas crianças.
Mas foi só após a Segunda Guerra Mundial que se realizaram estudos referentes à causa do marasmo, ou morte infantil inexplicada, e se relacionou a doença à falta de contato físico. As taxas de mortalidade infantil caíram de maneira impressionante nas instituições em que o método TLC passou a ser utilizado. Uma criança, para sobreviver e se desenvolver saudavelmente, precisa ser carregada, aconchegada, acariciada e “mimada”, precisamente o tratamento dado pela velha Anna. Este método, de forma alguma trata a criança com tirania. Muito pelo contrario, lhe satisfaz uma necessidade básica dos primeiros anos de vida.

Pr. Josué Gonçalves

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

As cinco fases do casamento


"Primeira: Fase do encantamento, quando está enamorado do outro.
Ocorre quando o casal se sente plenamente realizado e absolutamente preenchido pelo outro. Nesta fase o amor é cego. Há uma nutrição constante do vínculo. A sensação é de completude e totalidade.Nesta fase,nenhum dos dois enxergam o "Real",mas sim aquilo que foi idealizado,sonhado,desenhado no tempo de namoro e noivado.Ela o vê como o "príncipe azul",ele a vê como uma "princesa encantadora". Costumo dizer que nesta fase, até o ronco dele soa como sinfonia;ela,mesmo despenteada quando acorda é linda e maravilhosa.É um tempo em que tudo é motivo para poesia. Quanto tempo dura esta fase?Não sabemos, só podemos afirmar que ele passa.
Segunda: Fase do desencantamento, desidealização.
É a fase da confrontação das expectativas irreais do casamento, quando começamos a ver as diferenças entre as imagens que construímos do outro e os seus lados sombrios no cotidiano. Na fase da conquista, da sedução, agente só mostra o lado ensolarado de nossa personalidade.
As sombras, as fraquezas, as feridas emocionais, os medos ficam escondidos. Mas sempre chega o momento em que as coisas que estavam debaixo do tapete aparecem com a luz do dia. É nesta fase que muitas pessoas se desesperam na tentativa de mudar o outro, afim de que ele corresponda à imagem idealizada. Você não aceita como ele é. Neste momento as pessoas são capazes de qualquer coisa: sufocam,oprimem,chantageiam,ameaçam,castigam-se mutuamente. Quanto o casal é maduro e está aberto para aprender, logo percebe que o casamento é a união de dois seres humanos limitados e imperfeitos que podem crescer e se desenvolver com esta experiência conjugal.Isso faz toda diferença.
Terceira: Fase do "crescei e multiplicai-vos", quando a mulher se dedica aos filhos pequenos o homem está afirmando profissionalmente,consolidando sua carreira
É a fase onde há o perigo de perder o parceiro de vista dentro do casamento. O homem mergulha no trabalho e a mulher é engolida pelo cuidado com a casa e as crianças e, muitas vezes, também com sua própria definição profissional. Essa tensão drena todas as energias do casal. É uma época onde os dois engavetam frustrações, magoas e raivas do passado. Se o casal nets faze,não buscar em Deus a saída,com certeza o fim será o aprofundamento de emoções negativas que já estavam emergindo no fim da fase do encantamento.
Sendo assim, o relacionamento pode estagnar encalhar e virar uma prisão insuportável. Os momentos de desencantamento são muito dolorosos porque envolvem doses inevitáveis de frigidez emocional. Essa é a hora de buscar ajuda externa
Quarta: Fase do questionamento e redefinições.
É a fase onde os parceiros questionam o vínculo, fazem um balanço da ligação. Aqui está a grande oportunidade de o casal se libertar dos ressentimentos e frustrações em relação ao cônjuge. Para alcançar essas mudanças implica enfrentar um processo trabalhoso que pode, em compensação, dar lugar a vitoria de Deus na relação, ternura, cuidado com o outro e à identificação. Quando não há esforço e interesse em mudar a situação, o resultado final é o divorcio emocional ou a convivência amarga em um casamento morto.
Quinta: Fase de reintegração quando os filhos já estão adultos e o casal pode descobrir e se apaixonar.
Quando os dois, marido e mulher, conscientes do que significa "Casamento",conseguem superar as fases difíceis e seguir juntos,pode-se chegar a um momento de integração.Podemos dizer que os dois atingiram o equilíbrio entre a individualidade e intimidade.Não existe mais disputa sobre o quanto é meu,quanto é seu quanto é nosso,o que há é companheirismo,compromisso de amizade e comunhão.
É claro que as fases não são rígidas, com tempos definidos e seqüência predeterminada, com uma, necessariamente seguindo a outra.
Mas são momentos que todos os relacionamentos atravessam, com maior ou menor intensidade. Eu chamaria essa fase de estações, primavera, verão, outono e inverno.


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sábado, 25 de janeiro de 2014

Reavaliando a arte do diálogo sexual




Falar sobre sexo com o seu cônjuge pode ser uma experiência intimidadora. Talvez vocês
tenham tocado no assunto alguma vez e isso tenha piorado as coisas. Neste exercício,
quero ajudá-lo a ter uma conversa saudável e produtiva com um único objetivo em mente:
conhecer melhor a sexualidade um do outro. Portanto, deixe de lado as idéias preconcebidas e procure responder, primeiro, a sua sexualidade e, a do seu cônjuge.
Comece dando uma nota para o seu desejo sexual em geral de acordo com a escala;
Pouco desejo sexual                                                          Muito desejo sexual 
    1       2        3         4          5          6         7           8         9        10
Agora, pense e marque quantas relações sexuais você gostaria de ter com o
seu cônjuge.

  • De dois em dois meses
  • Uma vez por mês
  • Duas vezes por mês
  • Uma vez por semana
  • Duas ou mais vezes por semana
Como você sabe quando o seu cônjuge quer fazer sexo? Quais são os sinais que você percebe? 
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Como você gosta que o sexo aconteça no seu casamento? Você gosta de tomar
a iniciativa ou prefere que o seu cônjuge a tome e, nesse caso, de que forma? 

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Em sua opinião, qual é o maior obstáculo para que você tenha uma vida sexual
aprazível com o seu cônjuge? Vida agitada, falta de desejo, higiene, interrupções, falta de romantismo? Identifique o que impede que você, pessoalmente, tenha uma vida sexual plena. Se, do seu ponto de vista, não existe nenhum impedimento, escreva o que você acha que o seu cônjuge diria. 

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Depois de responder a essas questões, converse com o seu cônjuge sobre as suas respostas. O nível de desejo sexual de vocês é muito diferente? Nesse caso, você é capaz de compreender e se ajustar ao nível do desejo do seu cônjuge? Para tanto, procure identificar quando vocês mais estão em sintonia sexualmente.
Estamos mais sintonizados sexualmente (quando saímos à noite, depois de
orarmos juntos, estamos longe das crianças, depois de tomar banho etc.)

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Não se esqueça de que o objetivo dessa conversa é simplesmente compreender a sexualidadedo seu cônjuge e pensar construtivamente em como criar uma vida sexual mais gratificante para ambos. Pensando nisso, peço para que outras coisas que você e
o seu cônjuge poderiam fazer para melhorar a sua vida sexual. 


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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

POR QUE BONS CASAMENTOS TROPEÇAM EM COISAS RUINS?


Pr. Josué Gonçalves
Outro dia, depois de ministrar para centenas de casais, quando voltava para casa perguntei para minha esposa no final: "Quantos dentre aqueles casais que participaram hoje da palestra são realmente felizes no casamento? Quantos estão vivendo de acordo com o que foi planejado por Deus?" Se você é casado, que nota você daria para o seu casamento? Você é feliz no seu casamento?
         Há um texto na Bíblia, no livro de Eclesiastes, que revela o desejo do coração de Deus para cada casal: "Goza a vida com a mulher que amas..." (Ec 9.9). Quando Deus planejou o casamento, Ele pensou em um relacionamento que proporcionasse ao casal alegria, felicidade, cumplicidade, prazer e paz. Infelizmente, com a queda (Gn 3) o homem passou a viver as conseqüências do pecado também no casamento. Mas Jesus se manifestou para trazer cura e restauração (Lc 19:10). Hoje é possível ser feliz no casamento, basta praticar os princípios estabelecidos na Palavra do Senhor, que é o nosso manual de instrução (Sl 119:105).
          Quando é que bons casamentos tropeçam em coisas ruins? Quando as expectativas não são cumpridas. Quando você se casou, o que você esperava do seu cônjuge? Todos os jovens que estão se preparando para casar, nutrem expectativas em relação ao futuro cônjuge. A jovem desenha na sua mente tudo o que ela espera daquele que será o seu marido. Muitas dizem: meu futuro marido será sensível às minhas necessidades, romântico, gentil, afetuoso, generoso, bom amante, amigo, companheiro de todas as horas, trabalhador, bom genro, etc. Não é diferente com o rapaz, que pensa: Minha futura esposa será romântica, generosa, mansa, carinhosa, boa amante, sensível as minhas necessidades, amiga, companheira e boa nora. Ai eles se casam, mas com um ano, os dois se frustram, porque nada daquilo que foi tão esperado acontece. Por quê? Uma das razões é porque na maioria das vezes os casais não praticam a arte da comunicação construtiva. Um não sabe qual é a real necessidade do outro. Quando não há diálogo, as necessidades não são conhecidas e por isso não são supridas. Bons casamentos, onde os casais evitam tropeçar em coisas ruins, são aqueles onde os dois se preocupam em manter os canais de comunicação sempre abertos.

         Nunca deixe o seu marido/esposa ficar tentando adivinhar quais são as suas carências, necessidades ou anseios. Converse, dialogue, explique, se abra. Não existe outro caminho para superar este problema a não ser através da comunicação. O que muitos não sabem, é que não basta escutar, é preciso ouvir com o seu coração o coração do outro. Ouvir com sensibilidade é se importar com aquilo que é importante para o outro.  Que bom se você acordasse amanhã perguntado para si mesmo: "O que eu posso fazer hoje para suprir uma carência ou necessidade do meu cônjuge?" Esse é um dos segredos de uma vida a dois que vale a pena ser vivida! Reflita sobre isso e compartilhe com o seu cônjuge. 

Só amor romântico não é suficiente!


Pr. Josué Gonçalves
Nem só de flores e versos vive um casamento! Eu fiz uma enquete no site do nosso ministério, www.familiaegraca.com.br, com a seguinte pergunta: "O que você acha que mais está faltando em seu casamento?" Das 773 pessoas que participaram, 23% responderam que está faltando "romantismo". É claro que todos nós queremos um relacionamento com poesia, flores, presentes, declarações de amor, surpresas agradáveis, etc. Porém, em uma construção, o amor romântico é apenas o ornamento, a decoração, a pintura, os vasos, as plantas, as flores, os quadros na parede, os tapetes, etc. Tudo isso é necessário em uma casa, pelo contrário a casa fica sem graça, sem vida, sem alegria, sem beleza. Porém, se o amor romântico é a ornamentação que torna a construção mais bonita e alegre, o amor sacrificial é o alicerce, a fundação. De onde você está agora, não é possível enxergar o alicerce desta construção, mas é o que sustenta e dá segurança.
A segurança de um relacionamento conjugal depende da profundidade do amor sacrificial do casal. Foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou (na cruz) por ela,..." (Ef 5:25). O que determina o sucesso ou o fracasso de um casamento quando o casal experimenta a força dos temporais da vida é o amor sacrificial. Há uma estatística que diz, que, quando uma doença grave atinge a esposa, colocando-a em uma cama até a morte, o homem tende a 'pular do barco' no meio do caminho, deixando-a morrer sozinha. Esta mesma pesquisa mostra que as mulheres, na maioria das vezes, vão com o marido doente até o fim. Por quê? Falta profundidade do amor-sacrifício. Apesar desta estatística, eu já vi homens sofrerem ao lado da esposa até o ultimo momento, amando-a sacrificialmente.
Em meu casamento eu já vivi um tempo onde o nosso amor sacrificial foi testado. No mês de janeiro do ano de 2006, quando voltamos de férias, eu e minha esposa fomos ao médico para saber sobre o resultado de um exame que ela havia feito antes de viajar. Para o nosso desespero, o resultado que o médico nos passou era que ela estava com um tumor maligno de três centímetros no seio direito. Lembro-me como se fosse hoje, quando o médico começou a desenhar em um papel, mostrando-nos a gravidade e a dimensão do problema, foi difícil acreditar que tudo aquilo estava acontecendo conosco. Ele disse, será um ano onde tudo terá que ser alterado por causa da cirurgia, da quimioterapia e da radioterapia. Após ouvirmos tudo aquilo, saímos da sala em silêncio. Chegando ao carro, choramos intensamente sem saber o que dizer um para o outro. Quando me refiz emocionalmente, liguei o carro e sai em direção à nossa casa. Na rodovia Fernão Dias, parei o carro debaixo de uma árvore para orarmos. Foi a oração mais difícil que já fiz, porque não estávamos orando para brigar com Deus, mas para reconhecer sua soberania e pedir graça para atravessarmos aquele deserto. Depois de orarmos, eu tinha diante de mim a oportunidade para declarar o meu amor sacrificial à minha esposa. Após a oração, eu segurei na mão dela e disse: "Durante todo o tempo que for necessário para o tratamento, vou provar que o meu amor por você não é apenas romântico, mas sobre tudo, sacrifical". O que eu estava tentando dizer para ela era que eu estaria ao seu lado, com cabelo ou sem cabelo, isto porque a quimioterapia faria cair todos os pelos do corpo. Estaria ao seu lado com encontros sexuais semanais ou mensais, por que o tratamento provocaria um mal estar quase insuportável, o que nos obrigaria a se abster sexualmente por um bom tempo. O certo é que foram quase doze meses de tratamento. Quantas vezes ao acordar, ela já tinha acordado bem antes de mim e estava com o rosto molhado de lágrimas. Eu ministrava orando e fazendo um carinho em seu rosto, depois lia um Salmo e cantava o verso de um hino que diz:
"Se tu minh'alma, a Deus suplica,
Espera n'Ele, confiante fica,
Em tuas promessas que são mui ricas
E infalíveis pra te valer!
Por que te abates, oh minh'alma
Espera nele, com fé e calma!
Jesus de todos os seus males salva,
E te abençoa dos altos céus!"

Com esta ministração de amor sacrificial, ela dormia mais um pouco. Foram meses viajando para ministrar em eventos para casais sem tê-la ao meu lado, deixando-a aos cuidados de pessoas amigas. A prova passou, hoje ela está curada, já fez por duas vezes todos os exames solicitados pelos médicos e o resultado foi que sua saúde está ótima. Amar quando tudo vai bem é fácil, o grande desafio é amar quando tudo parece lutar contra nós. Após atravessar aquele deserto, saí do outro lado mais doce, mais sensível, mais compreensivo, mais maduro, mais casado, mais romântico!  Hoje voltamos a viajar juntos, namorar, brincar e curtir os nossos filhos com muita alegria. Não basta se preocupar exageradamente com a decoração da casa, se não houve investimento significativo no alicerce.
           
            Só amor romântico não basta, é preciso amor sacrificial!!!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Casamentos são construídos momento a momento


Autor(a): Paul Tripp

Em What Did You Expect?, Paul Tripp lembra aos leitores de que a reconciliação em um casamento é um estilo de vida, não apenas uma resposta quando as coisas vão mal:
Se você é um pecador casado a um pecador, então é muito perigoso permitir-se um descanso enquanto casal. Vocês simplesmente não viverão um dia juntos sem que algum ato de falta de consideração, interesse próprio, raiva, arrogância, autojustificação, amargura ou deslealdade surja em sua torpe cabeça. Frequentemente será benigno e brando, mas ainda estará lá.
Se vocês desejam ter um casamento que vive em unidade, compreensão e amor, precisam ter uma abordagem "pequenos momentos" em seu casamento. Deus esboçou para nós uma vida que não caminha de momentos grandes e definidores para momentos grandes e definidores. Provavelmente, vocês se lembrarão de duas ou três situações que mudaram suas vidas, e que vocês tenham passado juntos. Todos os dias, deitamos pequenos tijolos na fundação do que nossa vida será. Os tijolos das palavras, das ações, das pequenas decisões, dos pequenos pensamentos e desejos menores - todos trabalham juntos para formar o edifício funcional que é o casamento.
Portanto, você deve ver a si mesmo como um pedreiro matrimonial. Você está diariamente na tarefa de adicionar outra camada de tijolos, que determinará a forma de seu casamento nos dias, semanas e anos porvir. As coisas em um casamento vão mal progressivamente. As coisas tornam-se doces e belas progressivamente. O problema é que simplesmente não prestamos atenção e, por isso, nos permitimos a pensar, desejar, dizer e fazer coisas que não deveríamos.
Aqui estão algumas questões úteis para se considerar:
Você luta pelo seu jeito nas pequenas coisas ou vê isso como uma oportunidade para servir?
Você se permite ir para cama irritado depois de pequenas discordâncias?
Você sai para trabalhar dia após dia sem um momento de carinho?
Você se permite fazer pequenas coisas rudes, que você nunca teria feito no namoro?
Você ainda pede perdão nos pequenos momentos de erro?
Você reclama de como o outro faz coisas menores, quando isso realmente não faz alguma diferença?
Você toma decisões sem consulta?
Você investe em uma amizade íntima no seu casamento?
Você reclama das fraquezas do outro? Ou você as vê como uma oportunidade de encorajar?
Você procura pequenas oportunidades para expressar amor?
Você mantém um registro de erros?
Você regularmente expressa apreciação e respeito?
Você guarda pequenas feridas que antigamente vocês teriam discutido?
Você transforma pequenos pedidos em exigências regulares?
Vocês podem ter um bom casamento, mas precisam entender que um bom casamento não é um dom misterioso. Não, pelo contrário, é um conjunto de compromissos que é forjado em um estilo de vida momento-a-momento.

Minha esposa não tem desejo e nem prazer sexual

Autor(a): Pr. Josué Gonçalves


Frigidez é o nome dado a um problema sexual feminino caracterizado pela indiferença em relação ao estímulo sexual e pela conseqüente incapacidade para atingir o orgasmo.
É natural sentir o desejo sexual. Se a pessoa não tem nenhum problema físico, não está em depressão ou em grave tensão   emocional, a resposta ao estímulo deveria ocorrer. Se não ocorre é porque há  algum mecanismo de inibição. O mecanismo neurológico é constituído  de tal maneira, que pode ser "desligado" quando o cérebro "decide" que não quer mais sentir prazer.
A mulher não tem consciência de que seja ela a responsável pelo que ocorre. As causas podem ser várias. Uma das hipóteses é que trata-se  de desejo primário, isto é, uma pessoa que nunca sentiu o erótico, nunca praticou o auto-erotismo. Não sente atração por ninguém. A pessoa está como que assexuada. O sexo não faz parte da sua existência. É mais provável que esta reação seja provocada por causas remotas, como o medo do que significa um sucesso sexual, o medo do desaponto,  o temor da intimidade ou um conflito edipiano não resolvido (o pai é visto no marido, inconscientemente, o que não permite aproximação pelo temor ao incesto). A associação do sexo com o feio, negativo e culposo pode, também, pode ser uma das causas. A criança, dependendo de  como é tratada, aprende de berço a se sentir culpada e reprimir seus impulsos sexuais.
A cura está na  pessoa desaprender o que assimilou de errado, e aprender o que a Bíblia fala sobre a beleza do sexo e sua importância para a vida do casal. O capítulo  sobre "Sexualidade Feminina" pode ajudar. A Bíblia diz: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (Jo 8:32).