segunda-feira, 18 de abril de 2016

O desejo de mudar é uma grande prova de amor


Ninguém pode dizer que ama se não deseja mudar”
Mudar alguma coisa dentro de nós é sempre um grande desafio porque mexe em áreas que, na maioria das vezes, não queremos que ninguém toque. A pergunta-chave quando refletimos sobre este tema é: “Por que todos nós relutamos tanto em mudar?”.  A resposta parece simples mas não é, pois, para que haja mudança verdadeira, é necessário reconhecimento (autocrítica), renúncia, perseverança, disciplina e coragem. E tudo isso só é possível se houver humildade.
O casamento em si já exige mudanças significativas porque não há como manter um relacionamento a dois de forma séria vivendo como se fosse uma pessoa solteira.
Certo dia, em um seminário que tratava sobre o tema “Família”, eu ouvi de um senhor casado a seguinte frase: “Como marido e como pai, sou nota 10. Eu vim até aqui apenas para acompanhar minha esposa.” Ao ouvir aquela auto-avaliação, peguei um questionário que tenho que trata exatamente sobre “O perfil do marido ideal” e pedi a ele que respondesse as 30 perguntas, explicando: “Aqui, as notas vão de 0 a 10.  Se você tirar de 8 para cima, você está liberado para ficar na piscina do hotel e não vai precisar assistir a nenhuma palestra, pois estará, sim, muito bem classificado”. Quando ele terminou de responder as perguntas e conferiu a pontuação, veio até mim e disse:“Pastor, o senhor precisa orar por mim. Tirei nota 3”.
Todos nós estamos em processo de cura e de libertação. Não existe uma pessoa que possa dizer: “Eu não preciso melhorar em nenhuma área”.
O primeiro passo a ser dado para que haja mudanças necessárias é reconhecer onde precisamos mudar. Minha esposa, Rousemary, e eu aprendemos logo no início da caminhada conjugal, há vinte e quatro anos atrás, que o segredo para se construir um casamento duradouro e feliz é manter-se aberto às mudanças.
1.    O casamento pode nos libertar de nós mesmos
Quando uma pessoa se casa, ela acaba levando consigo hábitos negativos, como traumas da infância e vícios, além de uma bagagem emocional e espiritual adquirida e desenvolvida na família de origem. Dentro dessa “mochila” que cada um traz da casa dos pais muita coisa boa que deve ser preservada e outras tantas ruins que devem ser eliminadas. Isso faz parte do processo de libertação. A forma de como você foi criado dentro seu núcleo familiar, ou seja, a sua referência paterna e materna e o que você ouviu e viu desde criança, passando pela adolescência, acabou moldando sua forma de pensar e de agir. Se a família de origem era disfuncional e o padrão que se tinha para seguir era ruim, isso foi internalizado como valores que determinam o comportamento. Eis a razão porque na “escola” chamada “Casamento” ambos, marido e mulher, têmquesubstituiro que foi aprendido de forma “errada” por aquilo que é considerado certo, justo e honesto. O comportamento e o estilo de vida de uma pessoa só mudam quando há mudança de mentalidade. Tudo começa a partir da forma de como pensamos.
Não há um homem ou uma mulher que possa dizer: “Eu me casei com uma pessoa completamente liberta, curada e perfeita.” O casamento é a união entre duas pessoas cheias de imperfeições, pecadoras e limitadas.
Sabemos que durante o namoro, o período de noivado e também no início do casamento, o casal vive um tipo de amor-sonhoAmbos nãoenxergam a realidade, mas cada um projeta no outro aquilo que idealizou ou sonhou como parceiro(a) ideal. Quando estou proferindo minhas palestras, costumo dizer aos casais que todo quadro à distância é perfeito, porém, ao aproximarmos dele, percebemos algumas imperfeições na obra do artista.
 O casamento traz à tona aquilo que à distância estava escondido.Na proporção em que cresce a familiaridade entre o casal, vão também surgindo os defeitos, as manias e os hábitos negativos. Quando isso acontece, é imprescindível a participação do cônjuge no processo de libertação e cura.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A Batalha pela Família ( estudo para família e casais)



Resumo do tema
Somente os ingênuos imaginam que a vida com Jesus é “um mar de rosas”, que o fato de serem servos do Mestre impede que enfrentem lutas. Os crentes maduros sabem, e muito bem, que as batalhas acontecem sempre. O próprio Jesus disse que no mundo experimentaríamos aflições.
Só depois de criar o universo, a vegetação e os animais, Deus criou o homem e a mulher. O homem e a mulher são, portanto, o ápice da criação, o ponto alto, a coroa da criação de Deus. No seu soberano projeto, Deus fez o homem para a mulher, e a mulher para o homem, de forma que até fisicamente eles se encaixam, se completam. Deus capacitou o homem e a mulher, por meio de um relacionamento íntimo, a darem continuidade à sua criação. Que maravilhoso, que privilégio, gerar um novo ser, a partir de um relacionamento sexual.
O que é a família?
A família é uma idéia de Deus. A família é o semelhante humano da trindade. A família foi criada com o propósito de refletir a pessoa de Deus na terra. A família é sagrada. Não podemos aceitar o seu fim.
Podemos dizer, sem medo de errar, que o desejo do homem de ir na direção da mulher, e vice-versa, é espiritual. Esse movimento tem a marca da presença de Deus. É por isso que quando percebemos a sociedade descartando o casamento, sem a menor preocupação, temos que reconhecer que isso é conseqüência direta do distanciamento da humanidade em relação ao seu criador. É a falta de um relacionamento mais íntimo com Deus que tem levado homens e mulheres a desprezarem o casamento, procurando relacionamentos sem compromisso.
A batalha pela família é travada no “fogo amigo” do lar
Na história narrada no texto de I Samuel, encontramos um homem chamado Elcana que tinha duas mulheres: Ana e Penina. Diz a narrativa que Penina tinha filhos, ao contrário de Ana. Por causa dessa situação, Penina provocava Ana ao ponto de levá-la a perder a fome, de levá-la a tristeza e ao choro. Esse era o motivo de crise na família de Elcana. E na sua família, qual o motivo de confusão? As lutas internas de uma família, invariavelmente, geram frustrações. As comparações entre membros da família sempre produzem conflito. As crises internas são comuns nas famílias. Se não batalharmos pela manutenção da unidade familiar, poderemos experimentar grande tristeza.
A batalha pela família é humana, universal e solidária
Se na sua família há problemas, não se desespere; você não está sozinho. Os crentes maduros sabem que as batalhas sempre acontecem. A família é um dos alvos preferidos do inimigo.
No capítulo 2 de I Samuel vamos encontrar a história dos filhos de Eli. Sabemos que Eli era um sacerdote e que servia no templo. O fato de ser Eli um homem temente ao Senhor e sacerdote de Deus, não impediu que seus filhos fossem maus. No versículo 12 lemos que “Os filhos de Eli eram ímpios, não se importavam com o Senhor nem cumpriam os deveres de sacerdotes para com o povo”, e no versículo 22 lemos que “Eli, já bem idoso, ficou sabendo de tudo o que seus filhos faziam a todo Israel e que eles se deitavam com as mulheres que serviam junto à entrada da Tenda do Encontro”. Imagina como devia se sentir Eli diante dessa situação. A verdade é que não há qualquer garantia de que a família do cristão não vá experimentar problemas.
O sistema de organização social atual exige que as pessoas passem grande parte do seu tempo envolvidas com o trabalho. Percebemos, como conseqüência, que para a maioria isso afeta, diretamente, sua comunhão com Deus e com a família. Isso é diabólico porque, um homem longe de Deus e da sua família é uma pessoa completamente quebrada, vulnerável à ação de satanás. Você deve tomar cuidado com isso e não deve se deixar envolver pelo sistema. Estabeleça prioridades em sua vida. Separe tempo para manter comunhão com Deus e gaste tempo com sua família.
A batalha pela família pode ser vitoriosa com Deus no comando
Primeiro Deus. Deus precisa estar em primeiro lugar sempre. Na vida do homem, na vida da mulher, na vida da família. Não há como vencer a batalha pela família sem colocar Deus em primeiro lugar.
Não devemos nos deixar levar pelo padrão da sociedade. As mensagens veiculadas nos filmes e nas novelas de tv, assim como os conselhos dados nos consultórios de terapeutas não comprometidos com os princípios bíblicos, dizem que você merece ser feliz. E que para experimentar essa felicidade, vale tudo. Vale “encher a cara”, vale trair seu cônjuge, vale trapacear nos negócios, vale mentir para seus filhos etc. Em Romanos 12 o apóstolo Paulo nos adverte: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente”.
A oração pode nos colocar em contato direto com o Pai. Ele deseja ouvir nossas necessidades, muito embora já as conheça previamente. A igreja será forte na medida em que as famílias forem fortes. Não perca a batalha pela sua família. Reúna sua família para orar. Peça a Deus que os conservem unidos, como uma marca da presença de Deus no meio da sociedade.
Não confie na sua própria força para vencer a batalha pela família. Apresente diante de Deus suas necessidades e Ele, conforme a sua graça e misericórdia, fará você experimentar vitória. Em Pedro 5:6-7 lemos: “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês”. 
Perguntas para discussão em grupo
  1. Por que a batalha pela família é importante?
  2. Como seria a sociedade se não existissem famílias?
  3. Quando a sociedade descarta a idéia do casamento, reflete a presença de Deus? Comente.
  4. De exemplos de como satanás nos ataca, por meio da família.
  5. Como é possível vencer a batalha pela família?
Sugestão de atividade para o grupo (As atividades aqui propostas visam auxiliar o Líder de PG no preparo das reuniões. São apenas sugestões, que tem por objetivo ajudar os membros do grupo, de uma maneira mais lúdica, a refletir e a se dispor a mudanças de atitude e pensamento, com base no tema abordado no culto do domingo anterior, à luz da Palavra de Deus.)
Retrato de Família


Objetivo: Avaliar o relacionamento com cada membro da família.
Material necessário: Folhas em branco para cada membro do grupo e lápis de cor ou lápis preto.

Atividade: Desenhe um círculo no centro da folha com seu próprio nome dentro. Ao redor, desenhe outros círculos simbolizando os membros de sua família com quem convive mais (incluindo avós, tios, primos, cunhados...). Trace linhas ligando o seu nome a cada um dos familiares, de forma que mostre a qualidade e intensidade de seu relacionamento com cada um. Use linhas largas para simbolizar relacionamentos profundos, linhas finas, linhas coloridas, pontilhadas ou não use linhas se você não tiver relacionamento com esta pessoa.

Compartilhe seu “Retrato de família” com o grupo.

- Quais relacionamentos tem sido uma batalha para você?
- Quais destes relacionamentos precisam da intervenção de Deus?
- O que você pode fazer para melhorar este relacionamento?

Orem uns pelos outros, pelas famílias uns dos outros e abençoem-se mutuamente.

Eu e minha casa serviremos ao Senhor." (Josué 24:15)
Claudio Duarte e Milca Cruz
Núcleo Pastoreio

O papel do sexo e do casamento na visão de Deus

  • Quando um homem e uma mulher se amam e desejam se casar e formar uma família, isso inclui, ou deveria incluir, a seriedade e fidelidade ao convênio matrimonial que abrange monogamia e lealdade, em pensamento e ação.
    Assim como o casamento não é apenas a legalização do sexo, a formação de uma família não é apenas casar e ter filhos. A família é onde “homem e mulher se tornam uma só carne”. É onde o amor de Deus é revelado através dos pais aos filhos e das muitas gerações que virão.
  • Sexo: Presente divino

    Tudo o que Deus fez é bom. E toda e qualquer coisa que Ele fez tem o propósito de revelar Sua Glória. Como tementes a Deus, precisamos entender que o sexo é um dos presentes divinos que Ele nos proporcionou para nossa felicidade. Sexo é o poder de criar vidas, e é natural que haja diretrizes específicas sobre o uso desse privilégio. David Bednar disse: “O modo pelo qual encaramos e usamos esse sublime poder vai determinar em grande medida a nossa felicidade na mortalidade e o nosso destino na eternidade.”
  • Fontes deturpadas de informação

    Infelizmente, uma grande parte dos seres humanos possui uma expectativa falsa do que o sexo representa no casamento. A maioria de nós tem contato com o “sexo” muito cedo, através da moda que dita a sensualidade como atraente, em novelas, na pornografia gratuita, em filmes e internet, etc. É a velha confusão de chamar desejo de amor.
    Esse tipo de “costume” focaliza demais o sexo somente no corpo e não na experiência inteira da harmonia e complementação dos gêneros. Mais do que ter partes do corpo diferentes, o homem e a mulher foram feitos um para o outro. O desejo, a anatomia e a atração os dirigem um para o outro. É o dar e receber recíproco que enlaça corpos, mentes e corações. É o prazer não somente sexual e físico, mas também mental e espiritual que complementa um casal e os torna como um em propósito perante o plano divino.
  • Sexo indiscriminado: Da destruição da sociedade ao desaparecimento das famílias

    O sexo usado de forma distorcida é a razão de sofrimento para a grande maioria das famílias. As consequências são:
    • gravidez indesejada
    • irresponsabilidade
    • falta de afeto natural
    • doenças venéreas
    • perversões sexuais
    • abortos
    • órfãos
    • estupros
    • infidelidade
    • divórcios
    • luxúria
    • crimes
    Enfim, quedas de reinos inteiros e destruição de famílias inteiras. O fato de governos, reinados, leis, pessoas corruptas e até algumas igrejas tentarem reduzir a seriedade dessas práticas tornando-as legais não têm ajudado em nada a manutenção da força familiar, muito pelo contrário.
  • Castidade: Exercitando a fidelidade

    A castidade é um treinamento para a vida. É um exercício para a fidelidade, lealdade e momentos difíceis num casamento.
    Tenho uma amiga que ela e o marido eram os jovens mais bonitos que eu conheci. Bonitos fisicamente e de um bom humor contagiante. Após poucos anos de casamento, ela sofreu um acidente e ficou tetraplégica, e ele cuidou dela com amor ainda maior. Ela o deixou livre para ser feliz com outra pessoa, mas ele permaneceu firme ao seu lado. Tiveram mais dois filhos depois desse incidente. Hoje, mais de 20 anos depois, eles dizem que se amam mais do que nunca. Esse é o tipo de amor divino, que transcende o desejo e as dificuldades, que tem o sexo como complemento, não fim.
    O sexo é uma parte importante e prazerosa da vida conjugal. É a única coisa que marido e mulher, legal e legitimamente casados, fazem um com o outro que é exclusivo deles. Todas as outras relações que temos com outras pessoas contêm sentimentos, situações e semelhanças de nossa relação amorosa, mas não o sexo. Deus não nos deu esse presente como mero divertimento ou satisfação de desejos do corpo. Não há instrução alguma vinda do Senhor que afirme que sexo entre marido e mulher deva ser somente para procriação, mas também não há aprovação em lugar algum para o tipo de sexo indiscriminado que vemos na sociedade em que vivemos fora dos laços do casamento.
  • Sexo como complemento de um casamento divino

    Alguns pensam que a felicidade estará sempre na próxima conquista. Spencer Kimball disse: “Uma pessoa pode sentir-se imediatamente atraída por outra, mas o amor vai muito além da atração física. É algo profundo, inclusivo e abrangente. A atração física é apenas um de vários elementos; é preciso haver fé, confiança, compreensão e união. É preciso haver ideais e padrões comuns. Deve haver grande devoção um ao outro e companheirismo. O amor inclui pureza, progresso, sacrifício e altruísmo. Esse tipo de amor nunca se cansa ou se enfraquece, mas continua a viver em meio a enfermidades e pesares, pobreza e privações, triunfos e decepções, no tempo e na eternidade. Para que o amor continue a existir, deve haver um aumento constante de confiança e compreensão, de expressões sinceras e frequentes de gratidão e afeto. Cada um deve esquecer a si mesmo e preocupar-se constantemente com o outro. Os interesses, esperanças e objetivos devem convergir continuamente para o mesmo ponto."
  • A urgência de ensinar os filhos e protegê-los para que encontrem a felicidade real

    Ensine aos seus filhos a sacralidade do sexo no casamento. David Bednar complementa dizendo que o sexo não é uma "curiosidade a ser explorada, um apetite a ser satisfeito, ou um tipo de recreação ou entretenimento. Como filhos e filhas de Deus, herdamos Dele capacidades divinas. Mas neste momento vivemos num mundo decaído."
    Se seus filhos crescerem com o conhecimento do que realmente o Senhor espera de um homem e uma mulher em relação ao sexo e casamento, e souberem investir tempo e paciência no casamento através do exemplo que você tem lhes dado, não atendendo às diversas investidas da sociedade mundo afora, não somente experimentarão o sexo completo como Deus deseja que o tenham quando se casarem, mas também a felicidade divina.
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