sábado, 5 de julho de 2014

Relações sexuais fora da lei

Os cristãos não estão livres para exercer sua sexualidade de qualquer jeito. Eles estão debaixo de normas, que vêm desde o “princípio da criação” (Mc 10.6), portanto, bem antes da lei de Moisés. Embora tenha mostrado misericórdia com os infratores, Jesus não aboliu nem abandonou essas normas. Ao contrário, enquanto a lei enfatizava a concretização do adultério, Jesus pôs-se contra o adultério na sua fase embrionária, quando é praticado apenas na mente (Mt 5.27). Jesus foi a primeira pessoa da história bíblica a usar a expressão “relações sexuais ilícitas” (Mt 5.32; 19.9). Os apóstolos foram fiéis à teologia sexual do “princípio da criação”, de Moisés, dos profetas e de Jesus.
No primeiro concílio eclesiástico da história da igreja, realizado em Jerusalém, logo nos primeiros anos, a questão sexual foi abordada com firmeza. Após decisão unânime, os cristãos foram exortados a se absterem, entre outras coisas, das tais relações sexuais ilícitas (At 15.20, 29; 21.25). A palavra grega para “relações sexuais ilícitas”, diz a Bíblia de Genebra, “é bastante ampla e inclui, além do adultério, vários pecados de natureza sexual”. A Bíblia de Jerusalém entende que a palavra “parece designar todas as uniões irregulares enumeradas no capítulo 18 de Levítico”: relações incestuosas, relações de pessoas do mesmo sexo, relações com animais etc.
O processo de reeducação sexual ou de normalidade sexual não ficou apenas no bate-papo do concílio de Jerusalém. A assembléia redigiu um parecer e elegeu uma comissão de quatro homens notáveis (Paulo, Barnabé, Barsabás e Silas) para levar o documento aos cristãos gentios que viviam na cidade de Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia (At 15.22-29).
Mais tarde, Paulo sentiu necessidade de abordar esta questão nas epístolas gerais e pastorais. Lá pelo ano 50 ou 51 do primeiro século, o apóstolo escreveu “à igreja dos tessalonicenses” a seguinte exortação: “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual [ou da libertinagem, ou da prostituição, ou da luxúria, como se lê em outras versões]” e “cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos, que desconhecem a Deus” (1 Ts 4.3-5, NVI).
Menos de 5 anos depois, por volta do ano 55, Paulo afirma categoricamente “à igreja de Deus que está em Corinto” que “nem imorais [ou libertinos, ou impudicos, ou devassos] nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos [ou efeminados, como está na EP, CNBB e TEB, ou depravados, como está na BJ] ou “ativos” [ou sodomitas, como está na ERA, CNBB e EP, ou pederastas, como está na TEB ou “pessoas de costumes infames”, como está na BJ], nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.9,10, NVI). Pouco mais adiante, no mesmo capítulo, aconselha-os: “Fujam da imoralidade sexual” (6.18, NVI). A ordem é fugir do “pecado sexual”, ou da “devassidão”, ou da “prostituição”, ou da “fornicação”, como querem outras versões, e não se aproximar dela ou deixar que ela se aproxime deles, porque “o nosso corpo não existe para praticar a imoralidade, mas para servir ao Senhor” (6.13, NTLH). Além do mais, Paulo quer que os coríntios saibam que o corpo deles “é o santuário do Espírito Santo” (6.19). Porque a cultura de Corinto era acentuadamente libidinosa, é nesta epístola que Paulo mais fala sobre as distorções sexuais. Noutra exortação, por exemplo, ele tenta criar neles o temor do Senhor nessa área: “Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram — e num só dia morreram vinte e três mil” (10.8). O apóstolo se reporta à imoralidade sexual cometida ostensivamente pelos israelitas na travessia do deserto, quando as moabitas se ofereceram a eles (Nm 25).
Dois anos mais tarde, no ano 57, Paulo de Tarso escreve a mais longa de todas as Epístolas, endereçando-a “a todos os que de Roma são amados de Deus e chamados para serem santos”. Logo no primeiro capítulo, ele trata abertamente da questão da homossexualidade. Certamente não há outra passagem na Bíblia tão veemente sobre a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo quanto esta. Nela aparece pela primeira e única vez uma referência ao lesbianismo, às mulheres que trocam “suas relações sexuais por outras, contrárias à natureza” (Rm 1.26). Paulo não economiza palavras: o sexo entre mulher e mulher, entre homem e homem é chamado de impureza sexual (1.24), paixões vergonhosas (1.26), atos indecentes (1.27), degradação (1.24), perversão (1.27) e depravação (1.29). Na análise de Paulo, o ser humano cometeu três loucuras na história: trocou o Deus imortal pelo homem mortal (1.25), trocou a verdade em mentira (1.25) e trocou o parceiro sexual do outro sexo — como era “desde o princípio da criação” — por outro do mesmo sexo (1.26).
Numa quarta epístola, escrita no ano 60 ou 61 e dirigida “aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos”, Paulo é bastante explícito: “Façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência” (Cl 3.5). Outras versões usam as expressões sinônimas “matem os desejos”, ou “mortificai os vossos membros” ou “abafem os desejos malignos”. O mandamento de Paulo é de ordem prática: em vez de satisfazer a carne, isto é, as más tendências da natureza humana, os colossenses deveriam eliminar tais desejos. Naturalmente o apóstolo não estava pensando num golpe só e definitivo. Seria algo continuado — o “dia a dia” de que falou Jesus (Lc 9.23) — e progressivo.
Nas chamadas Epístolas Pastorais, Paulo é menos bravo e, em certo sentido, mais exigente. Salvo uma exceção, sua preocupação exclusiva nessas epístolas é com a pureza preventiva. Como pastor, Timóteo deveria ser um exemplo para os fiéis no que concerne ao sexo (1 Tm 4.12). Daí as recomendações: “[Trate] as moças, como a irmãs, com toda a pureza” (1 Tm 5.2, NVI), “Conserve-se puro” (1 Tm 5.22, NVI) e “Fuja dos desejos malignos da juventude” (2 Tm 2.22, NVI). A exceção é quando ele explica ao jovem pastor que a lei “não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os seqüestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina” (1 Tm 1.9,10, NVI). Mais uma vez, a Bíblia coloca o homossexualismo ao lado de crimes como homicídio, seqüestro e perjuro.
A lei maior que define a fé e o comportamento daquele que se declara cristão não é o que todo mundo faz, não é o que a literatura secular diz, não é o que a televisão mostra, não é o que a sabedoria deste mundo ensina, não é o que os falsos profetas dizem, não é o que a parada gay populariza, não é o que a pesquisa de opinião pública sugere, não é o que a consciência descomprometida permite. Ao se fazer cristão, o pecador se deixa orientar pelo conteúdo de um Livro, que ele entende ser a Palavra de Deus e merecedor de toda confiança. Para adotar uma conduta sexual solta, ele precisa jogar as Escrituras Sagradas no lixo. Porque, “ou a Bíblia me afasta do pecado ou o pecado me afasta da Bíblia”.
****************
Publicado originalmente na Revista Ultimato
http://clickfamilia.org.br/

POR QUE HOMENS E MULHERES TRAEM SEUS PARCEIROS ?


Não adulterarás.” É um dos dez mandamentos dados por Deus (Dt 5.18).

Este é um mandamento firme e contundente para aqueles que servem a Deus. Entretanto, muitos cristão adulteram – o que já começa quando se olha com malícia para alguém que não seja o próprio cônjuge.

Por que as pessoas adulteram? Homens e mulheres traem seus cônjuges por motivos diferentes.

Certamente, podemos afirmar que ambos traem por fraqueza espiritual. Talvez por não estar atento e não admitir a possibilidade de que isto pode acontecer a qualquer um. Talvez por não estar em dia com a vida de oração e o coração na Palavra de Deus. Talvez por falta de temor ao Senhor.

Não temos a intenção de querer justificar o pecado do adultério, porque o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria de viver uma vida correta. Entretanto, diante de tantos casos de adultério, se faz necessário analisar as causas psicológicas e emocionais de tal fato.

Homens e mulheres são muito diferentes um do outro. Sabemos disto. E é preciso lembrar que isto não está errado – foi Deus quem fez assim – e tudo que Deus faz é bom. As diferenças devem servir para um completar o outro naquilo que lhe falta. Isto é maravilhoso e perfeito.

Por ser diferente um do outro, os motivos para a traição conjugal também são diferentes.

Os homens traem as esposas sem envolvimento sentimental, na maioria das vezes. É sexo por sexo.

Homens são capazes de trair para ter uma “novidade” de vida sexual.
Algumas vezes, deixam-se envolver um pouco mais e se apaixonam, a ponto de abandonar a esposa para viver um novo relacionamento.

Mas quase sempre a atração inicial é o sexo, principalmente quando o relacionamento sexual com a esposa não está satisfatório para ele.

Esta é uma questão um tanto complexa, pois essa insatisfação pode estar sendo gerada por compulsão, por fantasias sexuais não realizadas, por alguma disfunção sexual da esposa, por falta de comunicação entre o casal, entre outras.

Outra motivação masculina para a traição é a auto-afirmação. Muitos homens passam por uma crise existencial, por volta dos 40 anos. Ao constatar a chegada da meia idade, inconscientemente, desejam voltar à juventude e envolvem-se com mulheres mais jovens.

E há, é claro, aqueles que o fazem por fraqueza de caráter, por não valorizar nem respeitar devidamente a esposa.

As mulheres traem por necessidades emocionais.

As mulheres têm necessidade de receber atenção e afeto em maior proporção que os homens.

Quando uma esposa fica carente de receber amor e afeto – abraço, beijo, carinho – ela fica vulnerável.

Se ela convive em algum lugar com um homem que lhe faz elogios, age delicadamente com ela ou toca sua mão, seu braço ou seu ombro com carinho, ela cai com facilidade “nos braços” desse homem.

Mulheres abusadas sexualmente na infância também ficam propensas, pois formam um conceito distorcido de sexualidade.

E há, é claro, aquelas que traem por fraqueza de caráter também.

Receber afeto é necessidade vital para a mulher.

Ter sexo satisfatório é necessidade vital para o homem.

Lembrando que necessidade vital é aquilo que não se pode viver sem, senão morre.

Suprir as necessidades do cônjuge no casamento é dever de toda pessoa casada.

Ser fiel e honrar a pessoa com quem nos casamos também. Afinal, o fazemos em obediência a Deus, o Senhor de nossa vida.

http://rafaelpdias.blogspot.com 
http://casadosemcristo.blogspot.com.br/