domingo, 15 de dezembro de 2013

Feliz, casada ou solteira

Continuar solteira ou casar-se? O que pede seu coração? Se continuar solteira, saiba que Deus tem um plano especial para você, incluindo felicidade e realização pessoal. Porém, caso sonhe casar-se, não tema o matrimônio. Ore, faça novas amizades e confie que Ele mesmo fará seu casamento no momento certo”.
Parece-me porém, que uma mulher cuja idade já tenha passado dos 29/30 anos e decida aberta e sinceramente falar de seus sentimentos, estará se expondo ao ridículo. Passei portanto, a conscientemente falar sobre isto ao dar meu testemunho.
O que fazer com essas mulheres solteiras que, enquanto as amigas saem com seus maridos, ficam nos cantos das lanchonetes ou das festas sozinhas, como que “sobrando”?
Estou certa de que nem todas as mulheres maduras e solteiras sentem-se assim. Não posso generalizar, mas gostaria de “bater um papo”com aquelas que lá no fundo do coração são obrigadas a reconhecer e concluir: “sou solteira e… infeliz”!
Como é ruim ser solteira!
─ Se você soubesse Sonia, como tenho sido firme, obediente e comprometida com Deus! Por que Ele não me responde?
Viver comprometida com o Senhor não é o mesmo que ter a garantia de um cheque endossado, assegurando que receberemos tudo quanto quisermos por sermos obedientes. Vida séria com Deus é incondicional!
Outra coisa que “chateia”, é que as solteiras, invariavelmente, são alvo desprotegido de diferentes tipos de conselhos e comentários:
─ Você viu fulano de tal como olha para você? Acho que ele está interessado!
Ou: ─ Não perca as esperanças. Seu dia chegará. Uma tia minha casou-se aos cinqüenta anos!
As pessoas têm a maior boa vontade em ajudar, mas nem sempre os conselhos são de qualidade, bíblicos ou de valor real. Muitas vezes, ao sugerir o nome de algum peseudopretendente à moça solteira, estamos levando-a a uma defraudação. É preciso que tenhamos muito cuidado com os sentimentos alheios!
A Bíblia diz: “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração” (Salmo 37:4). Agarre-se a essa promessa!
Logicamente devemos ser otimistas, crer com profunda fé na Palavra de Deus, em Suas promessas, mas não fazer delas muletas, nem amuletos.
Dr. Paul Tournier, médico psiquiatra cristão e psicoterapeuta, diz o seguinte a esse respeito em seu livro “Culpa e Graça”: “Há poucas mulheres solteiras que não se sentem um pouco culpadas por não serem casadas, como se fosse culpa delas. Há as que se defendem tomando à ofensiva, chamando os homens de egoístas e maus apreciadores das qualidades de uma mulher. Há as que têm a necessidade de enfatizar bem que recusaram muitos pretendentes. Devemos reconhecer que um certo descrédito estúpido e injusto pesa sobre a mulher solteira. E, se ela é do tipo nervoso, ouve alusões bem desagradáveis: “Nós sabemos bem o que lhe falta!!” E as mulheres casadas lhes dão ainda mais sentimento de culpa quando dizem: “Você tem sorte de ser livre, de não se preocupar com um marido autoritário e crianças doentes e levadas; você tem uma vida bem fácil e agradável”.
Este sentimento velado de culpa quase sempre leva a outro, tão prejudicial quanto o primeiro, expresso como a seguir: — Se ainda não me casei, é porque não tenho nenhum atrativo. Não sou bonita nem charmosa, simpática ou agradável, sequer muito inteligente ou esperta. Não tenho nenhum valor como ser humano, como mulher. Esta é uma mentira de Satanás e segredada ao pé do ouvido, e o pior… aceita plenamente.
As pessoas não são iguais umas às outras. Cada ser é especial, com atrativos particulares, próprios, cativantes.
Se, para agravar a situação, a moça tiver sofrido alguma desilusão proveniente de um relacionamento afetivo fracassado, aí então a amargura, desinteresse e desvalorização acentuam-se ainda mais.
Dói? Sim, e muito, mas a vida continua e Deus tem surpresas agradáveis reservadas a suas filhas e filhos.
Existe uma solução? O que fazer?
Não possuo uma “receita mágica” ou um padrão de sucesso a ser seguido que a livre imediatamente desse sofrimento, da crise, mas aprendi algumas lições valiosas em minha vida e quero dividi-las com vocês.
Vivendo equilibradamente a “solteirice”
Uma pergunta que já me fiz e procurei dar uma resposta autêntica: Quero mesmo me casar? Por quê?
O fato de estarmos sozinhas e nos sentirmos infelizes, de termos problemas em casa com nossa família ou uma situação financeira difícil, não deve ser motivo para nos lançarmos ao casamento.
Querer fazer outra pessoa feliz, amá-la verdadeiramente, ter um lar que honre e glorifique o nome de Deus, devem ser nossos objetivos para uma união, os quais certamente trarão consigo nossa própria realização pessoal.
Algo que tem me proporcionado muita paz interior é saber que Deus é bom e que Ele, só Ele, sabe o que é melhor para mim. Não o razoável, mas o melhor. Descansar nessa confiança só tem me trazido alegrias.
Faz mais de um ano que estou morando sozinha e tenho notado duas coisas perigosas: se não estiver atenta, cada vez mais vou adquirindo manias. Por exemplo: apertar a pasta de dentes sempre do mesmo modo. Querer as coisas impecavelmente guardadas e arrumadas de certa maneira em seus lugares habituais, etc…
Essas manias vão se acentuando com o passar do tempo e depois de alguns anos torna-se difícil a convivência com alguém assim, ranzinza.
Sem perceber, sorrateiramente, a solidão vai se integrando ao nosso cotidiano e acabamos nos acostumando a ela.
Receber amigos, abrir as portas de nossas casas para reuniões, conviver com pessoas, não se isolar, pensar mais nos outros do que em nós, evitará que “azedemos”, e desenvolvamos o costume de estar só.
A Psicologia diz que ao ajudar alguém, você na verdade está se ajudando (terapia do ajudador) e que isto é extremamente benéfico.
Mas, finalmente, o que fazer com nossa sexualidade?
Sendo solteira, tenho aprendido que: evitar pensamentos, leituras, conversas, filmes e até músicas que possam prejudicar-me é uma atitude sábia.
Exercícios (natação, ginástica, ou algum outro esporte), o trabalho em si e outras atividades, auxiliam-me a “gastar energia”da maneira correta.
Não tenho todas as respostas, nem sou detentora da verdade final sobre este assunto. Sei que muitas mulheres poderiam acrescentar conselhos valiosos aos meus. Minha intenção foi transmitir à essas mulheres que, o fato de serem solteiras, não significa que devam ser infelizes.
Deus tem o controle de seu estado civil e na hora e momento certos ele interferirá para lhe dar também o melhor, porque ELE É BOM!!
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Por: Sonia Emília Lopes | Missionária de V. P. C.
Professora formada e autora de vários estudos e artigos em livros e jornais evangélicos. | Artigo publicado na Revista Lar Cristão.
lickfamilia.org.br

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