segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sexo: Desejo o teu desejo.


 Outro dia, num evento de casais, um irmão disse: “Pastor, ah!, eu cheguei no quarto todo inspirado, vi aquelas velinhas ali, então, acendi, ficou um cheirinho bom, uma fumacinha, então dancei para ela e tal, é pecado?
Olhei para ele com um olhar de  repreensão e perguntei: “Com música ou sem música?”
“Sem música, pastor.”, respondeu ele, meio preocupado. “Então, pode.” - Respondi. E todos na sala rimos muito.
Brincadeiras à parte, é certo que o sexo precisa se renovar e que algumas coisas o casal deve fazer para torná-lo mais desejável. Temos como alternativas e  possibilidades, as roupas sensuais, a preparação de um ambiente, as variações de posição, alguns óleos e cheiros, quem sabe algumas velinhas perfumadas, um fundo musical romântico e tantas outras coisas poderíamos adicionar. Tudo isso é bom, mas não precisa ser necessariamente  assim, acaba dando muito trabalho,  e se torna inviável.
Penso o amor que se faz dentro do casamento é incrementado conforme o lugar, o modo como acontece. O sexo de surpresa, o sexo rapidinho, o sexo com algumas peraltices, quem sabe um sexo com um pouco de aventura, o sexo na cozinha, no tapete da sala,  e também pode se tornar interessante o sexo agendado. O que não deve acontecer como única alternativa  é o sexo preguiçoso, o sexo do pai de família com a mãe de família. Não que esteja proibido, mas não pode ser o repertório único do casal.
Mas a grande sacada é o desejo que mostram pelo outro. Isso é mais poderoso que a lingerie nova, que o “pole dance” nas colunas da casa,  que velinhas acesas e pétalas de rosa na cama.
Estou falando do olhar de desejo, a carinha de desejo , as reações de desejo, o respirar ofegante, os sons, os movimentos, tudo isso faz aumentar o desejo do outro. Seria desejar o desejo, ter o desejo aumentado pelo desejo, uma reação em cadeia.
O problema é que muitas vezes e por alguns motivos a pessoa é “travada”, não consegue se permitir demonstrar desejo sexual na hora do sexo, assim, esconde do parceiro(a) tais manifestações.
A mulher quer ser amada, querida, mas principalmente, quer ser desejada. O homem não é  diferente disso. E é na cama que se mostra que se deseja. Muitos adultérios acontecem como uma forma de se descobrir se se é desejável ainda. E não precisaria, bastaria ser desejado dentro de casa.
Qual o marido que não se sente um herói quando a esposa é liberta com relação a isso.  Ele se sente o máximo naquele momento, o maior dos machos da terra quando vê o desejo de sua fêmea, ele pensa: “Olha o que eu provoco nela, eu sou cara.” , e seu desejo aumenta com o desejo da parceira.
Por outro lado, não tem nada mais desanimador do que o infeliz que tem uma esposa que se joga na cama e fica ali feito estátua, como quem diz: "Vai, acaba logo com isso." Outro dia um marido reclamou que a esposa, naquele momento , ele ali, como um guerreiro na luta, e de repente, olha e vê que ela estava com o rosto virado do lado e assistia o final da novela. Disse-me: “Pastor, não dá mais, não tenho mais desejo por ela, me senti um pateta.”
Lembre-se, “Todo dia ela faz sempre igual”, só faz sucesso na música de Chico Buarque, na cama não.

Abraços, Pr Ismael e Pra,Cleire. "Fiquem com Deus, fique em família"
http://casadosemcristo.blogspot.com.br/

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